quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Papagaio-Verdadeiro

Amazona aestiva


Papagaio ainda extremamente comum no Distrito Federal, embora potencialmente vulnerável devido à caça implacável movida contra a espécie para abastecer o mercado de aves de estimação. Seu hábitat natural são os cerrados e as bordas das matas ciliares, onde pousa nas árvores mais altas, fazendo grande algazarra. Beneficia-se de culturas como o milho e o girassol, sendo comum nas fazendas. É facilmente encontrado identificado pela voz alta, a cara amarela com testa azulada, e a conspícua mancha vermelha nas asas. Pode ser visto aos pares, ou em bandos de até dezenas de indivíduos, principalmente de manhã ou no fim da tarde, quando se deslocam entre os locais de dormida e os pontos de alimentação. Nidifica em buracos, de onde os caçadores retiram os filhotes, no final da seca/início das chuvas. Pode ser confundido com o papagaio curau, mais raro e sem o vermelho nas asas ou azul na testa.

Papagaio Curau

Amazona xanthops
Embora também possa ser visto na copa das matas ciliares, é um papagaio que vive nos cerradões e cerrados do Brasil Central. Menor que o papagaio- verdadeiro, destaca-se deste imediatamente por ter a cabeça unicamente amarela, pelo bico claro e por não possuir qualquer outra marca colorida nas asas. O amarelo da cabeça varia muito em extensão de indivíduo a indivíduo, assim como a mancha amarela e vermelha que possui nos flancos. Essa última chega a estar ausente em algumas aves. No bordo ocidental do Planalto Central, apareceram indivíduos com a barriga totalmente amarela bordejada com vermelho. Em Brasília, no Parque Nacional, foi observado em 1981 um papagaio- curau totalmente amarelo, um caso de mutação dentro da espécie.
Caracteriza-se o papagaio-curau por seus hábitos gregários fora do período reprodutivo, quando isola-se em casais. Pode-se encontrar bandos de papagaios- curau com até 30 indivíduos.

Psittacidae






A Família Psittacidae composta pelas araras, maracanãs, papagaios e periquitos, são aves cujas características chamam logo a atenção, pois ostentam cores vistosas em suas plumagens, variando entre o verde, o vermelho, o amarelo e o azul, sendo comum em algumas espécies duas ou mais cores em uma combinação muito bonita e chamativa.

Sua distribuição na natureza ocorre na região tropical do globo terrestre, sendo o Brasil o país mais rico em diversidade da família no mundo.

Os representantes desta família não apresentam, em sua grande maioria, dimorfismo sexual. Vivem aos casais que formam bandos, principalmente nos periquitos, maritacas, papagaios e tuins. Em seu habitat natural colocam ovos em cavidades, nas árvores. Os ovos são arredondados e normalmente brancos.
Por fazerem muito barulho correm perigo, pois chamam muito a atenção dos caçadores de filhotes dessas aves, que também são usadas no comércio de animais silvestres, tanto no Brasil como para o exterior. Esta família é famosa também por se compor de algumas espécies que conseguem "falar" como os papagaios (gênero Amazona), cujo repertório é muito rico, chegando a imitar a voz humana, daí ser um gênero muito apreciado como animal de estimação, o que lhe tem custado a liberdade.
Na natureza alimentam-se de sementes de frutas e cocos de várias espécies de palmeira.
Diz-se que os Psittacidae têm grande longevidade chegando a 80 anos de vida, ou mais.

O maior Psittacidae do mundo é a Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) que chega a ter 98 cm e pesar 1,5kg. Na África vivem alguns dos menores, os simpáticos periquitos do gênero Agapornis, os quais são muito apreciados pelos criadores pela sua docilidade e beleza.



Arara-azul-grande

Arara-azul-grande
(Anodorhynchus hyacinthinus)